Penso que a reflexão sobre a diversidade está intimamente relacionada com um incômodo humano, um desconforto social. E isso é maravilhoso!!! Maravilhoso porque nos tira do lugar que estamos, no conforto de nossa existência para observar ao outro e nos observar a partir da existência do próximo.
Assim o afirmo, por crer que ao pensar sobre a diversidade, a diferença, a alteridade, a outridade, me percebo como um ser de relações com o mundo e para o mundo.
Me reconheço como pessoa a partir do meu olhar na direção do outro. Também, reconheço a minha diferença nesse processo, afinal, o modelo do outro está para as minhas projeções como o sou para ele. O que busco de perfeito no meu próximo, primeiro foi concebido no meu interior... e o que busco de imperfeito também.
Que parâmetros são esses, com tal presunção em ‘classificar’ normalidade e anormalidade? Que paradigma construído historicamente em elementos ambíguos, duais, maniqueístas é capaz de ‘definir’ os que ‘são’ dos que ‘não são’?
Definir é uma pretensão social que caminha com passos distantes da relatividade das possibilidades classificatórias. Como pode um grupo classificar aquilo que é belo, bom, normal em detrimento do conhecimento dos demais?
E aí está a inquietação babélica do texto. Se pensamos em Inclusão é porque primeiramente partimos para a Exclusão, a deixamos tomar forma e espaço em nosso meio, em nosso cotidiano e até mesmo em nosso ser, quando negamos nossas predileções, em nossos gostos ou anseios, em busca da participação em algo maior, em um grupo, em uma ‘sociedade’.
Esse texto, em sua riqueza de palavras, nos convida a pensar sobre essa ‘Babel’ sobre a qual refletimos, sobre a necessidade de administrar a Diversidade e administrar as diferenças. Ele nos permite nos conceber como históricamente babélicos, não pela herança religiosa que nos foi legada, mas pela condição histórica de nossos antepassados, daqueles que antes de nós por essa Terra estiveram e construíram as bases daquilo que nos identifica hoje e as bases daquilo que desejamos mudar.
Quem sou eu? Quem é o outro? Não somos todos iguais ou todos diferentes. Somos seres semelhantes constituídos em particularidades.
Somos únicos, mas podemos ser diluídos pelos demais. Somos corpo, somos alma, somos pensamento.
E somos a diferença em potência, pois a todo instante estamos sujeitos a nos fazer ‘diferentes’, a sair da ‘normalidade’ (se é que ainda se crê estar nela).
A Estética nos propõe que ‘belo’ é tudo aquilo que está ‘simetricamente equilibrado’... mas qual parâmetro é capaz de suprir a necessidade individual de se estabelecer a diferença?
Quantos questionamentos ainda nos cabem nesse processo? Que beleza é a reflexão sobre a própria existência!
Assim, essas palavras finais podem contribuir ainda que minimamente para traduzir a inquietação da mente, do coração... da própria alma:
"O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa!" (Eduardo Galeano)
Assim o afirmo, por crer que ao pensar sobre a diversidade, a diferença, a alteridade, a outridade, me percebo como um ser de relações com o mundo e para o mundo.
Me reconheço como pessoa a partir do meu olhar na direção do outro. Também, reconheço a minha diferença nesse processo, afinal, o modelo do outro está para as minhas projeções como o sou para ele. O que busco de perfeito no meu próximo, primeiro foi concebido no meu interior... e o que busco de imperfeito também.
Que parâmetros são esses, com tal presunção em ‘classificar’ normalidade e anormalidade? Que paradigma construído historicamente em elementos ambíguos, duais, maniqueístas é capaz de ‘definir’ os que ‘são’ dos que ‘não são’?
Definir é uma pretensão social que caminha com passos distantes da relatividade das possibilidades classificatórias. Como pode um grupo classificar aquilo que é belo, bom, normal em detrimento do conhecimento dos demais?
E aí está a inquietação babélica do texto. Se pensamos em Inclusão é porque primeiramente partimos para a Exclusão, a deixamos tomar forma e espaço em nosso meio, em nosso cotidiano e até mesmo em nosso ser, quando negamos nossas predileções, em nossos gostos ou anseios, em busca da participação em algo maior, em um grupo, em uma ‘sociedade’.
Esse texto, em sua riqueza de palavras, nos convida a pensar sobre essa ‘Babel’ sobre a qual refletimos, sobre a necessidade de administrar a Diversidade e administrar as diferenças. Ele nos permite nos conceber como históricamente babélicos, não pela herança religiosa que nos foi legada, mas pela condição histórica de nossos antepassados, daqueles que antes de nós por essa Terra estiveram e construíram as bases daquilo que nos identifica hoje e as bases daquilo que desejamos mudar.
Quem sou eu? Quem é o outro? Não somos todos iguais ou todos diferentes. Somos seres semelhantes constituídos em particularidades.
Somos únicos, mas podemos ser diluídos pelos demais. Somos corpo, somos alma, somos pensamento.
E somos a diferença em potência, pois a todo instante estamos sujeitos a nos fazer ‘diferentes’, a sair da ‘normalidade’ (se é que ainda se crê estar nela).
A Estética nos propõe que ‘belo’ é tudo aquilo que está ‘simetricamente equilibrado’... mas qual parâmetro é capaz de suprir a necessidade individual de se estabelecer a diferença?
Quantos questionamentos ainda nos cabem nesse processo? Que beleza é a reflexão sobre a própria existência!
Assim, essas palavras finais podem contribuir ainda que minimamente para traduzir a inquietação da mente, do coração... da própria alma:
"O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa!" (Eduardo Galeano)