Coincidentemente ou não, essa semana levamos um grupo de alunos da instituição em que trabalho a essa exposição que acontece no SESC Campinas.
Nesta exposição o artista, que cruza fronteiras geográficas e de idiomas, reúne em seu trabalho técnicas diversas, mas com um ponto em comum: a exploração do outro lado das coisas, como se o verso e o reverso da arte se equivalessem. Ele procura explorar a dualidade, a simetria, as tensões geradas entre as matérias e, ao mesmo tempo, as relações existentes entre as formas e seus sentidos. Explorar o “outro lado” de todas as coisas por meio de colagens, esculturas e objetos, assim como os dois lados de uma moeda ou até mesmo do cérebro.
“Não privilegio uma técnica em prol da outra. Navego na fronteira das coisas. Trago a pintura com colagens e recortes e o desenho com o bordado. Desloco as coisas do lugar”, diz Villani. “O preto e o branco, a noite e o dia, o sim e o não, o bom e o mal, o norte e o sul, a presença do número dois ligado por extremos que dividem a humanidade, como se o artista afirmasse que o verso e o reverso se equivalem, por meio de reflexos, contrapontos, e a união de opostos encontrando-se na gênese de todas as obras. Talvez isso represente uma própria inquietude minha”, comenta o artista.” (http://tribunaimpressa.com.br/Conteudo/O-outro-lado-do-olhar,15854,15862)
Ao visitar a exposição percebi claramente que todos que visitam sua exposição, também são artistas, pois podem se tornar parte de sua obra, podem ter suas próprias criações, sugere a cada um suas próprias interpretações, leituras, visões...fiquei então a pensar...nessa exposição seriamos então o “ser – outro do Outro”??