19 de ago. de 2009

Ebook Confirmação

Estou depositando neste dia 20/08 os R$ 50,00 para a contribuição para a publicação e participação com o meu nome no ebook;
Abraços Rogério Sardelli Zofanetti,

Desculpas não o fiz antes pois estou me recuperando de uma cirurgia de reconstituição do joelho a 7 dias somente agora poderei ir ao banco fazer o deposito indentificado

1 de ago. de 2009

Em 30/07/2009 Olá Rogério td bem com vc?A Raquel me enviou um email dizendo que vc tem interesse em participar da lista de contribuição para publicação do nosso ebook com o material do blog otredad. Estamos arrecadando o valor de R$750,00 no total e repassar para a Professora Maria Tereza dar andamento na publicação. Faltam apenas R$200,00. Cada aluno está contribuindo com R$50,00.Caso vc deposite me envie um email confirmando a data do depósito Por favor guardem os comprovantes. > Os valores deverão ser depositados: > >
Banco Itaú Personalité > Agência - 3814/ Campinas - SP > C.Corrente - 28125-3 >
CPF é: 620 654 088-04 Conta Corrente da Professora Maria Tereza Egler Mantoan>
Lista de depósitos já realizados > > Beatriz - R$50,00 dia 16/07 > Eliane - R$ 50,00 dia 16/07 > Loide - R$ 50,00 dia 17/07 > Adriana - R$ 50,00 dia 18/07 Raquel - R$ 50,00 dia 20/07 > Elizabete- R$ 50,00 dia 22/07 Andréa- R$ 50,00 dia 22/07/09 Cândida - R$ 50,00 dia 26/07/09 Lucimara - R$50,00 dia 27/-7/09 Douglas - R$ 50,00 dia 27/07/09
Edson dia 31 /-7/09 R$50,00
depósitos até 31/07 R$ 550,00

30 de jul. de 2009

Duvida sobre a publicação

Ola sou o Rogério Sardelli Zofanetti, contribui com algumas postaguens no blog e gostaria de saber se posso fazer parte desta publicação, conversei com Raquel Fuim que comentou sobre esse trabalho a ser publicado e que avia um depozitos a fazer.
Aguardo informação do responsavel.
obrigado!

22 de jul. de 2009

Subjetividade

No mês de maio nos aproximamos mais especificamente do estudo sobre a subjetividade, e o primeiro grande ganho para mim foi retomar que a relação com o outro não é suficiente para conhecê-lo, e, que são nas fissuras onde nos conhecemos mesmo, ou seja, não há possibilidade de conhecer quando insisto em ver no outro o que eu estou querendo. Toda vez que determino um ideal, não dou espaço para o devir do outro.
Muitas vezes, antes de qualquer coisa, determino conteúdos, contando com sujeitos estáticos. Mesmo que a meu ver eles se comportem como tal, não devo tratá-los assim, senão estarei caindo na prisão de mim mesmo, e o pior, aprisionando o outro, não considerando a sua liberdade.
No caso da Escola, por exemplo, determinar conteúdo pode significar não querer assumir riscos, desafios. O novo que pode partir do aluno, por desafiar o professor, é visto como ameaçador e, portanto deve ser evitado. É a concepção de que nós ensinamos e eles aprendem. Não podemos deixar de lutar contra essa concepção.
Os textos “O outro hoje: uma ausência permanentemente presente” e “El sujeto enunciado”, colocaram questionamentos profundos na minha prática, no sentido de propor que se estabeleça uma relação entre eu e o sujeito, sem que eu o submeta ao que proponho como pré-estabelecido e também sem que ele me submeta.
Dei-me conta que viver a subjetividade é estar sempre mais longe do que as nossas tentativas permitem atingir.
Tenho aprendido a não cair na fragmentação, sobretudo porque às vezes me pego querendo soluções imediatas para os problemas e dificuldades e, mesmo que aparentemente as encontre, percebo logo depois que foi uma atitude superficial e momentânea.
Para viver a subjetividade é preciso estar sempre a caminho, pronto para mudar, não querendo só atingir o “novo”, mas também considerando o que me levou a atingi-lo e, sobretudo estar preparado para deixá-lo mudar se assim for necessário. Isso exige um desprendimento muito grande!
Se quero seguir esse caminho, tenho que me policiar para não cair na cilada da universalização de tudo, da caracterização das coisas, práticas comuns na Escola hoje!
Gosto do conceito trabalhado no mês de maio de que um caminho é reconhecer para nós mesmos que a Escola é de ninguém, porque não se pode contê-la, capturá-la. Trata-se de aprender a pensar e a viver com o outro; estar com todos; deixar que as pessoas usem a liberdade e expressem sentimentos sem os limites impostos por um ponto de vista.
Caso contrário a Escola continuará sendo um lugar de submissão, à medida que produz idéias falsas, ou seja, sempre pré-determinadas. Isso me lembra um pensamento que ainda é usado para com os jovens: “vocês precisam estudar, tirar notas boas, para terem uma profissão, para arrumarem um bom emprego e ser alguém na vida”. Uma só questão, e talvez a mais simplista, derrubaria tudo isso: que garantia de emprego existe para quem estuda?
O fato é que estamos diante de uma tarefa árdua e não podemos desistir. Também isso, pudemos experimentar ao produzirmos o texto coletivo sobre o texto “Del Sujeto a la Subjetividad”. Uma experiência com a qual pude aprender muito, primeiramente que é preciso aceitar o diferente e por isso nem sempre o caminho é buscar o consenso, segundo, aquilo que fazemos não vai representar o pensamento de todos, pode haver posições contrárias e isso é bom, e, sobretudo, não se faz um trabalho para agradar, mas para demonstrar a nossa maneira de viver tal realidade.

7 de jul. de 2009

O Sujeito como algo provisório
Iniciar este balanço de conhecimentos torna-se algo bastante difícil.
Me faz pensar se é um balanço de conhecimentos ou mudanças e até mesmo pensar sobre o que até então não era pensado por mim.
Penso que este momento de pensar sobre as discussões provocadas nas aulas do grupo OTREDAD apontam para um pensar de novo, ou um pensar novo e porque não um novo pensar.
Descentrar, no sentido proposto por Piaget, e ser capaz de ver outros pontos de vistas e pensar, como propõe Fina Birulés, sem “barandilla”, o que nos é possível quando passamos a enxergar o conhecimento como algo provisório, assim como nós sujeitos.
Ser sujeitos provisórios significa então que aquilo que nos está posto não é algo rígido, embora a sociedade, e principalmente a educação com seus mecanismos excludentes, tentem nos engessar em identidades fixas.
Precisamos sempre considerar que existimos de “...formas tão efêmeras quanto perseverantes e viver cotidianamente nesse eterno vaivém entre o medo e a morte e o amor à vida, entre a necessidade de que o Outro seja nós e o desejo de ser Outro do outro.” (Placer,sd); é algo que buscamos como possível, mas que cada vez se revela longe de nós.
O novo então está naquilo que é definido por Birulés(1996) como conviver com uma contingência e ambiguidade que nos são irredutíveis e que não podem ser ignoradas ou apenas aceitas de formas puramente submissas.
Temos então que encarar o conhecimento como algo que nos apresenta provisoriamente, o que, por si só, possibilita sujeitos provisórios, encarnados como diria Birulés(op.cit), sendo estes capazes de repensar a distinção entre verdade (no que se refere ao conhecimento científico) e opinião (o que é do sujeito) e as possíveis relações entre ambas.
Ora, tais idéias iniciais nos apontam para repensar os discursos pósmodernos e as suas insuficiências quando tentam justificar aquilo que nos constitui.
Quando nós sujeitos poderemos ser nós mesmos? Quando os diferentes mecanismos sociais “controladores do eu” nos possibilitarão exercitar nossa verdadeira identidade como algo que cotidianamente assume características que nós mesmos desconhecemos?
Parece-nos pois que tais mecanismos sociais cristalizam os sujeitos em formas fixadas o que é contrário a emergência que se faz de repensar o outro, e nós mesmos, desprendidos de particularidades, pois uma vez consideradas como aquilo que nos difere, tais particularidades passam a trabalhar com modelos, para que possamos dar conta do que nos é individual.
Sendo assim, os discursos universalistas já não nos serve mais. Tornam-se vazios e não nos igualam enquanto sujeitos, embora sua lógica interna de discurso assim o tente.
Cabe a nós então pensar sobre como falar de identidade se não a temos palpável. Como garantir que não me perca no outro, sendo eu?
Nossas identidades, provisórias por natureza, devem permitir uma reflexão apontada por Birulés(1996) como algo acerca de nossas ações e suas fragilidades como também sobre seus sentidos, as palavras que nos acompanham em nosso agir, bem como a relação entre o tempo vivido e de viver.
As nossas identidades apontam então para um tempo onde elas, fundamentalmente tem a ver com a nossas possibilidades de ordenar nossa experiência e nosso fazer e padecer.
Encontrar o outro ou nós mesmos torna-se cada vez mais distante, já que para isso é necessário que tenhamos que nos “...descarrilar destes tempos do possível e do previsível, desses tempos dominados pelos projetos e pelos cálculos, para deixar-se compassar e embalar em um tempo de ida e volta, um tempo elástico que recusa ser medido e contabilizado”(Placer, sd) e onde, cada vez mais os discursos pósmodernos, ao invés de igualar os sujeitos abrem profundas diferenças entre os mesmos, sem imaginar que a “... a ordem que unifica e compara, e que, portanto, todo intento de deter o real deixa sempre um remanescente que o excede.” (Birulés).
BIBLIOGRAFIA;
BIRULÉS, Fina. Del Sujeto a La Subjetividad - duro deseo de durar, in: CRUZ, Manuel(org). Tiempo de Subjetividad, Barcelona, 1996.
PIAGET, J. Seis Estudos de Psicologia, trad. Maria Alice M. D'Amorim, Forense, R.J., 1º edição,1967.
PLACER, F.G. O outro hoje: uma ausência permanente presente, sd.
VARELA, Júlia. O Estatuto do saber pedagógico, in: SILVA, T. T. O sujeito da Educação: estudos foucaultianos, 6º edição, Petrópolis, R.J., Vozes, 2008.

6 de jul. de 2009

DESCONHECIDO

“O que ainda é desconhecido justifica o poder do conhecimento e inquieta de maneira absoluta sua segurança. O que ainda não sabemos não é outra coisa além do que se deseja medir e anunciar pelo que sabemos, aquilo que se dá como meta, como tarefa e como percurso” Larrosa
O texto de Larrosa mais uma vez nos inquieta, escancara nossas certezas, expõe nossas feridas, mostra o nosso EU fragilizado.
Ao nos mostrar a infância entendido como o OUTRO, o autor desmascara o nosso EU pretensioso e auto investido de poder e nos leva à reflexão e a uma nova forma de olhar para esse OUTRO, uma forma onde a insegurança, a fragilidade, o desconhecimento e a disposição serão nossos melhores companheiros neste encontro. Mas este novo olhar não é nada fácil, pois abala nossa segurança e poder.
Educar na diferença tem sido um grande desafio e exercício na busca por um EU menos dominador, menos conhecedor, menos decifrador do OUTRO. A presença de todas as crianças na escola, suas singularidades, suas irrepetibilidades nos leva ao rompimento de nossos pré-conceitos e pré-conhecimentos, pois nos coloca diante do novo, nos coloca face a face diante do “enigma” e nos leva ao encontro com esse OUTRO e não mais ao nosso desejo de apropriação deste OUTRO.
Olhar pra o OUTRO como enigma, como experiência, como um estranho e desconhecido que não pode ser apropriado, deve ser nosso exercício e desafio de todos os dias na escola. Um desafio muito difícil, pois exige a exposição de nossas fragilidades e o despojamento de nosso sentimento de poder.

5 de jul. de 2009

Driblando o velho


Fina Birulés, Zygmunt Bauman, Stuart Hall, Jorge Larossa, Carlos Skliar, Tomaz Tadeu da Silva... Ousados, inovadores e intelectualmente autônomos. Adriana, Elizabete, Loide, Lilica, Rosa, Eliane e tantos outros com os quais compartilho essa disciplina. Instigados a mergulhar no mar de ideias registradas pelos primeiros aqui citados, em um circuito que não submete, que não coloca os últimos atrás dos primeiros (há lugar?), que não camufla e que não deseja obscurecer as diferenças.
Mergulha-se no registro do outro para que se compartilhe pensamentos, questione o que está posto e reconstrua-se o que está dito, afirmado e cristalizado. Leituras que alimentam o pensamento e fazem com que não temamos desconstruir o profundo, a raiz, o que sustenta. Até mesmo aquilo que acabamos de ler.
O desejo é não ter âncora, “porto seguro” e certeza. A alegria e o desejo estão na incerteza, no imprevisível, na diferença. No real e não mais na ilusão que sustenta a falta de coragem para agir com seres reais.
Questiono então: O que é ensinar? O que é aprender? Essas perguntas têm perturbado o meu pensamento.
Por que a Educação tem tomado para si a responsabilidade de sustentar um mecanismo criador e impositor de barreiras que impedem o outro de se encontrar consigo mesmo? Por que há esse impedimento? Por que se defende o encontro com aquilo que acreditamos, defendemos, nossas verdades, nosso conhecimento embrutecendo e fazendo com que estudantes/outros passem anos de suas vidas em instituições que trabalham conteúdos, conceitos que possuem fins em si mesmos?
A escola não celebra aquilo de mais precioso que temos: a mobilidade intelectual, a diferenciação da diferença, o percurso dos outros entre as identidades e até mesmo a sua permanência, por desejo próprio e não mais por determinação do outro que domina.
A escola não deseja a autonomia do pensamento. Ao contrário disso, ela se auto-atribui a função de libertar os seres da ignorância afirmada por ela mesma e cede “emancipação” aos que a ela clamarem e se subordinarem.
Que outro somos? O que domina? O que é dominado? Ou o que domina ao mesmo tempo em que é dominado? Que lógica ilusória de poder é essa na qual permitimos envolver a Educação, a construção do conhecimento?
Na medida em que submetemos somos também submetidos. Ao barrarmos a fluidez do pensamento do outro, seguramo-nos também nós no cristalizado conhecimento desatualizado. Ao fixarmos a identidade do outro, temos também nós a identidade de fixadores sedimentada.
O desejo do novo faz de nós também novos e quando novos, dos novos; a burocratização, a sistematização, a hierarquização se tornam pequenas e fáceis de serem dribladas pelo surpreendente, inédito e inesperado.